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A Ansiedade não manda em Sara Crispim

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A Ansiedade não manda em Sara Crispim

Sara Crispim é Psicóloga Clínica e da Saúde com prática especializada em ansiedade.

Nasceu em Portel e define-se como sendo apaixonada pela natureza, pelo silêncio da noite, por viagens, por criar projetos profissionais e por ajudar pessoas.

Sara já viveu momentos de ansiedade e na sua infância sofreu bullying, por isso sente que o facto de ter experenciado estas situações na primeira pessoa é um fator que a ajuda na sua profissão.

Antes da pandemia, fez a sua primeira consulta online e desde aí nunca mais parou de fazer atendimentos remotos. Em entrevista ao Viral, Sara revela que:

Já era psicóloga online antes da pandemia e, como os meus primeiros clientes tinham esta problemática da ansiedade, acabei por me apaixonar por esta perturbação que é muito prevalente na sociedade.

Em entrevista ao Público, Sara explicou que, “nos pacientes com ansiedade, este método é, muitas vezes, mais proveitoso, porque se sentem mais confortáveis a fazer terapia “em casa, ou até no carro estacionado ao pé da praia”.

Sara Crispim, acabou por criar a sua própria empresa e neste momento, sob o mote “Liberte-se da ansiedade e reconquiste o controlo da sua vida”, já conta com uma equipa de psicólogos que ajudam pessoas que sofrem de ansiedade em mais de 50 países.

Autora dos livros “A Ansiedade não manda em mim” e “Mudar de Hábitos, Mudar de Vida”, é considerada uma referência em conhecimento sobre a ansiedade.

       

Nos seus livros, Sara dá várias estratégias para as pessoas seguirem, mas é importante lembrar que: “Se as pessoas não fizerem mudanças estruturais na sua vida não podem esperar que, só tratando os sintomas, a ansiedade desapareça”

Compreendendo o país mais ansioso do mundo

Em 2024, eram revelados os resultados do modelo Generalized Anxiety Disorder 2-item (GAD-2), que concluiu que em Portugal, 32,0% da população com 16 ou mais anos tinham sintomas de ansiedade generalizada e 10,4% níveis de ansiedade mais graves.

Mark Manson, autor que ficou mundialmente conhecido pelo seu livro “A Arte Subtil de Saber Dizer que Se F*da”, ficou surpreendido com os dados revelados sobre a saúde mental em Portugal.

Decidiu por isso fazer um documentário sob o título “Compreendendo o país mais ansioso do mundo”, onde coloca a seguinte questão: “Portugal é um país repleto de tradição, com uma rica cultura gastronómica, musical e vibrante. Então, porque estão sempre tão ansiosos?”.

Neste documentário, o autor refere alguns dados, entre os quais um estudo a nível global sobre ansiedade levado a cabo em 1990, onde Portugal ocupou o 1º lugar como país com a população mais ansiosa; Outro dado revela que 75% dos estudantes portugueses admitem lutar regularmente com problemas de ansiedade, dados muito superiores à média dos EUA que é de 44% e da União Europeia que é de 31%.

Mark Manson entrevista Sara Crispim

Em busca de respostas, Mark Manson entrevistou Sara Crispim e na opinião da psicóloga, são três os principais motivos que explicam a ansiedade nos portugueses.

1. Portugal é um país com uma população envelhecida, que viveu no passado uma vida muito dura e passa às novas gerações essa vivência.

2. A atual geração assistiu aos pais a terem o mesmo emprego durante décadas, o que lhes permitiu comprar casa própria e hoje isso não se verifica pois, os jovens mudam várias vezes de emprego e não conseguem ter a sua própria casa.

3. A saudade, a nostalgia e a melancolia estão muito enraizados na nossa cultura desde a época dos Descobrimentos, quando os navegadores partiam e não se sabia se algum dia voltariam.

A ansiedade e os ataques de pânico

A intervenção de Sara Crispim, centra-se essencialmente nas perturbações da ansiedade e ataques de pânico, nos pilares da autoestima (autoconceito, autoconfiança e amor próprio), no autoconhecimento e na gestão emocional nas várias áreas da sua vida.

Sara sempre sentiu que a ansiedade era um pouco incompreendida no seu todo, tanto na forma como se banaliza, assim como é, muitas vezes, referenciada como sendo apenas negativa e ela não tem só uma componente negativa.

Segundo Sara, antes da pandemia falava-se de saúde mental, mas não tanto como se fala agora. Por isso, era difícil as pessoas perceberem primeiro o que era a ansiedade e depois que tem este caráter tão físico ao nível da sintomatologia.

Ela lança também o alerta, “que é necessário consultar um médico em primeiro lugar, já que há muitos sintomas comuns a outras problemáticas de saúde física. É importante excluir tudo o que possa ser de causa física e possa ser considerado causa emocional”.

Para Sara Crispim, “o segredo não é eliminar a ansiedade, é, quando a ansiedade nos visitar, termos as estratégias e as ferramentas certas para saber como podemos geri-la”.

Fontes de informação: saracrispim.pt | www.ine.pt | www.youtube.com/@IAmMarkManson | www.publico.pt | viral.sapo.pt

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