As 17 Mulheres Vencedoras do Prémio Nobel da Literatura
O Prémio Nobel da Literatura foi atribuído pela primeira vez em 1901 e concedido até à data 115 vezes a 119 autores, dos quais 17 são mulheres. Distinguidas pela sua escrita em romance, poesia, prosa, elas destacam-se pelas especificidades da sua escrita e pelas causas que defendem.
1. Em 1909, a escritora sueca Selma Ottilia Lovisa Lagerlöf foi a primeira vencedora e foi também a primeira mulher a ser membro da Academia Sueca, em 1914. O prémio foi-lhe atribuído “em apreciação do idealismo elevado, imaginação vívida e percepção espiritual que caracterizam os seus escritos”.
2. Em 1926, o prémio foi concedido à italiana Grazia Deledda “pelos seus escritos de inspiração idealista que retratam com clareza plástica a vida em sua ilha natal e com profundidade e simpatia lidam com os problemas humanos em geral”.
3. Em 1928, Sigrid Undset nascida em Kalundborg na Dinamarca recebe o prémio “principalmente pelas suas poderosas descrições da vida do Norte durante a Idade Média”.
4. Em 1938, o prémio é atribuído à norte-americana Pearl Buck “pelas suas ricas e verdadeiras descrições épicas da vida dos camponeses na China e por seus trabalhos biográficos”.
5. Em 1945, a poetisa chilena Gabriela Mistral, recebe o prémio “pela sua poesia lírica, inspirada por fortes emoções, que fez de seu nome um símbolo das aspirações idealistas de todo o mundo latino-americano”.
6. Em 1966, o prémio é atribuído à alemã Nelly Sachs “pela sua excelente escrita lírica e dramática, que interpreta o destino de Israel com toque de força”.
7. Em 1991, o prémio vai para a África do Sul e é atribuído a Nadine Gordimer, “que pela sua magnífica escrita épica trouxe – nas palavras de Alfred Nobel – um grande benefício para a humanidade”.
8. Em 1993, os romances da norte-americana Toni Morrison conquistam a academia e ela recebe o prémio por estes serem “caracterizados por força visionária e lastro poético e que oferecem vida a um aspecto essencial da realidade dos Estados Unidos”.
9. Em 1996, o prémio distingue a polaca Wislawa Szymborska, “pela poesia que, com precisão irónica, permite que contextos históricos e biológicos venham à tona, em fragmentos de realidade humana”.
10. Em 2004, a austríaca Elfriede Jelinek, recebe o prémio “pelo seu fluxo musical de vozes e contra-vozes em novelas e peças que com extraordinário zelo linguístico revelam o absurdo dos clichés da sociedade e o seu poder subjugante”.
11. Em 2007, Doris Lessing nascida em Kermanshah, Pérsia e autora de cerca de 50 livros, recebe o prémio “tal epicista da experiência feminina que, com ceticismo, ardor e poder visionário sujeitou uma civilização dividida ao escrutínio”.
12. Em 2009, Herta Müller, nascida em Nitzkydorf, Banat na Roménia, recebe o prémio por “com a densidade da sua poesia e franqueza da prosa, retrata o universo dos desapossados”.
13. Em 2013, Alice Munro, nascida em Ontário no Canadá, recebeu a distinção por ser considerada “mestre do conto contemporâneo”.
14. Em 2015, Svetlana Alexijevich, nascida em Ivano-Frankivsk na Ucrânia, recebeu o prémio “pelos seus escritos polifónicos, um monumento ao sofrimento e à coragem em nosso tempo”.
15. Em 2018 a polaca Olga Tokarczuk, recebe a distinção “por uma imaginação narrativa que, com paixão enciclopédica, representa o cruzamento de fronteiras como uma forma de vida”
16. Em 2020, Louise Glück nascida em Nova Iorque, Estados Unidos da América, recebe o prémio “pela sua inconfundível voz poética que com austera beleza torna universal a existência individual”.
17. Em 2022, a francesa Annie Ernaux, recebe o prémio “pela coragem e acuidade clínica com que descortina as raízes, os estranhamentos e os constrangimentos coletivos da memória pessoal”.